03/10/2014
Texto Branca Braga

Os médicos psiquiatras Kleber Lincoln Gomes, e Manuela Salman, e a terapeuta ocupacional Marilia Othero ganharam o primeiro lugar do prêmio de melhor trabalho científico apresentado durante o XIV Fórum Brasileiro de Neuropsiquiatria Geriátrica, promovido pela ABNPG – Associação Brasileira de Neuropsiquiatria Geriátrica, que aconteceu no MinasCentro, em Belo Horizonte, Minas Gerais, entre 25 e 27 de setembro de 2014. O tema central foi “Sociedade, Ética e Envelhecimento”.

O pôster premiado “Perfil da interconsulta psiquiátrica em um hospital de cuidados paliativos” destacou-se pela originalidade do tema.

O encontro contou com conferencistas, oriundos do Brasil e de outros países, de múltiplas áreas do conhecimento. Segundo Dr. Almir Tavares, Presidente do XIV Fórum Brasileiro de Neuropsiquiatria Geriátrica, foram abordados temas relevantes da Neuropsiquiatria Geriátrica, a saber: tratamento de transtornos depressivos resistentes, sono e envelhecimento, neuroinflamação e quadros neuropsiquiátricos, neuroimagem e demências, impulsividade e agressão no idoso, tratamentos dos quadros demenciais, dor crônica e cuidados paliativos, eutanásia e suicídio assistido, lares para idosos, relações intergeracionais, abuso e negligência, direitos humanos e políticas públicas, dentre outros.

A programação completa com temas e palestrantes pode ser conferida em: http://www.abnpg2014.com.br/index.php.

Dra Manuela Salman destaca que esse encontro foi muito representativo para os profissionais paliativistas, pois entra em pauta, em um fórum de neuropsiquiatria geriátrica, uma mesa temática de Bioética na terminalidade, com palestras sobre “Terminalidade e envelhecimento”, “Doença renal em fase terminal, depressão e ortotanásia”, “Demência avançada e terminalidade”, assim como “Suicídio assistido e depressão”.

Além disso, Dra Manuela acentuou discussões a respeito do gerenciamento da saúde do idoso, como na mesa redonda “Atenção à saúde do idoso e fragilidade”, a qual apontou a necessidade de estratificação clínico-funcional dos idosos conforme capacidade de decisão (autonomia) e execução (independência), relacionados a cognição, mobilidade, comunicação. Ainda ressaltou a necessidade de inclusão da avaliação da fragilidade socio-familiar para direcionar o local de tratamento mais adequado, visando a macrogestão da saúde de acordo com as estruturas do nosso sistema de saúde.  Segundo o geriatra Dr Edgar Nunes de Moraes, é necessário adequar a assistência, devendo idosos robustos serem acompanhados em unidades básicas de saúde, e idosos com risco de fragilidade ou frágeis receberem acompanhamento geriátrico com equipe multiprofissional. Nas discussões também ficou clara a importância de se evitar as iatrogenias (doenças ou danos causados por um ato médico ou de outro profissional de saúde, seja para fins diagnósticos (exames) ou terapêuticos (remédios ou cirurgias).

 

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