O sedentarismo pode levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade, diabetes e outras doenças não transmissíveis até 2030, alerta o relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS). A emergência global é lembrada pelo 10 de março –  Dia Nacional de Combate ao Sedentarismo.

O documento destaca que o custo com saúde para os governos será de 27 bilhões de dólares por ano, caso políticas públicas de incentivo a atividades físicas não sejam implementadas de forma efetiva.

Atualmente, segundo a análise de dados de 194 países, menos de 50% dos governos nacionais têm políticas de atividade física, e menos de 40% delas estão operacionais; enquanto isso, apenas 30% das nações têm diretrizes nacionais de atividade física para todas as faixas etárias. No Brasil, considerado o país mais sedentário da América Latina e o quinto no ranking mundial, cerca de 300 mil pessoas morrem por ano devido a doenças associadas ao sedentarismo. No país, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 47% dos brasileiros adultos são sedentários e entre os jovens o número é maior e ainda mais alarmante: 84%.

CAMINHADA E CICLISMO

Embora quase todos os Estados tenham relatado um sistema para monitorar a atividade física em adultos, 75% dos países fazem o mesmo em adolescentes e menos de 30% em crianças menores de cinco anos.

Nas áreas de políticas para incentivar o transporte ativo e sustentável, pouco mais de 40% das nações têm padrões de projeto de estradas que tornam a caminhada e o ciclismo mais seguros. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse esperar que os países e parceiros usem o relatório “para construir sociedades mais ativas, saudáveis e justas para todos”. Para ele, é preciso ampliar a implementação de políticas para apoiar as pessoas a serem mais ativas por meio de caminhadas, ciclismo, esportes e outras atividades físicas.

FUTURO

Para reverter o quadro a OMS estabelece vinte recomendações de políticas. As medidas incluem criar estradas mais seguras para incentivar o transporte mais ativo, fornecer mais programas e oportunidades em ambientes como creches, escolas, cuidados primários de saúde e local de trabalho.

A recomendação é praticar 150 minutos de atividade física moderada por semana. A prática tem como principais benefícios:

  • Redução do risco de acidente vascular cerebral (AVC) ;
  • Diminuição da pressão arterial, reduzindo as chances de doenças cardiovasculares;
  • Controle e redução das chances de desenvolver diabetes;
  • Ajuda no controle do peso;
  • Melhora da insônia;
  • Ajuda na circulação sanguínea;
  • Promove bem-estar físico e mental.

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