O Premier Hospital se orgulha de ajudar iniciativas que contribuam para o bem-estar da população vulnerável e apoia o Projeto Travessia, que teve seu início em 2020, levando estudantes de medicina, médicos e dentistas em missões voluntárias de atendimento.

Na última expedição do Projeto, realizada em 2, 3 e 4 de novembro, a equipe contou com 8 alunos de medicina, 3 médicos e 4 membros da logística do Travessia, realizando 54 atendimentos e 4 visitas domiciliares no Quilombo de Ivaporunduva.

As ações em saúde têm foco em medicina, odontologia e enfermagem, sempre com o acordo das lideranças das comunidades atendidas, respeitando suas necessidades.

Entre as ações desenvolvidas no local, as equipes realizam um pequeno censo dos atendimentos e mantém registros de suas anamneses.

O projeto segue sendo custeado por doações e ações pontuais de apoio financeiro para viabilizar os trabalhos de voluntários. Essas doações são necessárias para cobrir os custos de deslocamento e permanência no Quilombo dos voluntários, além da compra de medicamentos e materiais que são utilizados para os atendimentos. Convidamos a todos que também gostariam de ajudar a conhecer o Travessia.

HISTÓRIA DO PROJETO TRAVESSIA

Em 2018, dois ex-alunos do Colégio Santa Cruz, Fernanda e Fábio, introduziram o projeto Quilombo ao Centro Acadêmico Anna Turan (CAAT). Eles já tinham contato com a professora Gilda que sempre liderou e organizou as expedições com ênfase em práticas de cidadania – a matéria eletiva que leciona no colégio há anos. Durante a segunda gestão do CAAT, foi realizada a primeira expedição ao Quilombo em parceria com o colégio Santa Cruz. O CAAT ficou responsável por levar os estudantes de medicina, os médicos e os medicamentos, enquanto a professora Gilda e o colégio Santa Cruz pela imersão dos alunos e criação de vínculo com os moradores do Quilombo de Ivaporunduva. O CAAT organizou três expedições ao Quilombo que tiveram que ser pausadas durante a pandemia.

Em 2022, quando o Quilombo abriu novamente as suas portas para a entrada de visitantes, o CAAT ofereceu o projeto para o Travessia em parceria com o Diretório Científico da Faculdade. Neste mesmo ano, então, foi feita uma expedição piloto organizada por membros do Travessia que contou com 7 voluntários estudantes de medicina e 3 médicos. A partir de 2023 o Projeto Travessia se tornou o grande responsável pela organização da expedição ao Quilombo de Ivaporunduva em parceria com o Colégio Santa Cruz, transformando as expedições em um projeto de extensão da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.

Em colaboração com o Colégio Santa Cruz, sob a liderança da professora Gilda Pompéia, cuja parceria com a comunidade remonta há mais de vinte anos e vem permitindo visitas regulares. Destaca-se a importância da Rose, a agente comunitária de saúde do Quilombo de Ivaporunduva.

O Quilombo, destino dessas ações, é o Quilombo de Ivaporunduva que está localizado no município de Eldorado, no Estado de São Paulo, é um notável exemplo da resistência quilombola no Brasil. Com uma extensão abrangente de 3.158,11 hectares, predominantemente coberta por uma exuberante Mata Atlântica, é uma comunidade composta por 80 famílias, totalizando 308 indivíduos, incluindo 80 crianças, 195 adultos e 33 idosos. Sua subsistência é principalmente baseada na prática tradicional de cultivo de roça, com plantio de arroz, mandioca, milho, feijão, verduras e legumes para consumo próprio, em um profundo vínculo com a terra e métodos agrícolas sustentáveis. Além disso, o quilombo diversificou suas fontes de renda, produzindo banana orgânica, artesanato e recebendo grupos escolares interessados no turismo. Essas atividades não apenas contribuem para a preservação da cultura afro-brasileira, mas também promovem o desenvolvimento local.

Na última expedição foram realizados 77 atendimentos com apoio da UBS do local.

O objetivo das ações tem sido promover acesso à saúde através da atenção primária por meio de atendimentos supervisionados por profissionais da saúde em conjunto com alunos de medicina:

  • Proporcionar uma vivência acadêmica e sociocultural
  • Ampliar a visão de cuidado para além da medicina convencional
  • Trazer visibilidade ao povo quilombola – entender suas lutas, necessidades e vivências

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