Dalva Yukie Matsumoto havia acabado de encerrar suas atividades no consultório de oncologia quando recebeu um convite de Maria Goretti Maciel, médica que estava encarregada de organizar o serviço de Cuidados Paliativos no Premier, em 2006.
Matsumoto, que é médica oncologista, pós graduada em Cuidado Paliativos pelo Pallium Latino America, atuava apenas no Hospital do Servidor Público Municipal, local onde trabalha até hoje.
Em uma reunião com o médico Samir Salman, para saber mais sobre a criação do serviço, saiu com a certeza de que era neste lugar, o Premier, que ela “iria amarrar o burro”.
Ela começou fazendo plantões ao lado de uma equipe composta por competentes profissionais do ramo dos cuidados paliativos. Matsumoto assumiu o cargo de coordenadora da enfermaria e continuou avançando na estruturação do Premier, que havia sido fundado há pouco tempo.
Da necessidade observada em treinar profissionais para o trabalho no hospital, ela, junto com Maria Goretti Maciel e o médico Ricardo Tavares, criaram um cursinho preparatório sobre cuidados paliativos. Era 2009.
“Começamos treinando médicos do Premier e pessoas de fora começaram a aparecer perguntando se podiam participar também”, conta. Nascia ali o Instituto Paliar, que atualmente é uma das principais referências no ensino dos Cuidados Paliativos no Brasil.
As histórias do Paliar e do Premier estão entrelaçadas. “O Samir nos ajudou a construir nosso sonho e nós o ajudamos a construir o dele”.
É comum que no hospital Premier existam pessoas de diferentes áreas de atuação, a maioria delas voltadas para a arte e a cultura. Desse contato com pessoas não associadas à área da saúde, a médica conta que pode “expandir suas fronteiras”.
“Pudemos extrapolar nossos muros e expandir os nossos horizontes conhecendo pessoas do calibre de Audálio Dantas, Sergio Gomes [jornalistas], Emiliano Castro [músico] e tantas outras pessoas que hoje compõem o hall de entidades incríveis que fazem a história do hospital Premier.”
Com 42 anos de profissão, Matsumoto atuou diretamente no Premier até 2015, mas segue parceira do hospital. Ela faz parte da trajetória da instituição. Fez e faz o Premier ser o que é.
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